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Frutos ministeriais na velhice

“Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até as cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei.” Isaías 46.4


Muitas pessoas tem medo de envelhecer. Entendem que na velhice não há lugar para grandes planos, novos empreendimentos. A verdade é que a velhice não é monótona porque acabam as alegrias, o entusiasmo, mas se torna monótona quando acabam as esperanças.

No versículo acima, Deus afirma que embora venha a velhice para o homem, Ele, o Eterno, continua o mesmo. Quando chegam os cabelos brancos Ele carrega os idosos nos seus braços e os salva.


Em 2019 consegui o meu cartão de estacionamento preferencial, neste ano completo 62 anos de idade, mas sinceramente não me sinto velho!


Sempre sonhei com uma velhice dinâmica, útil, produtiva, frutífera, e é assim que eu me sinto. Envelhecer como o vinho; quanto mais velho, melhor, mais agradável, mais apreciado. Envelhecer como Calebe, um modelo de velhice: cheia de vigor, esperança, desafios, conquistas e realizações.


Manter o vigor – “Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou...” (Js 14.11). Aos 85 anos, Calebe disse que possuía o mesmo vigor que teve aos 40. Isto nos fala de saúde, disciplina física, bons hábitos alimentares e prática de exercícios físicos. À uma pessoa frágil, debilitada, despreparada fisicamente, lhe faltará o vigor para realizar com excelência a obra de Deus.


Desejar conquistas – no capítulo 15 de Josué encontramos Calebe lutando contra gigantes e conquistando Hebron. Na velhice Calebe manteve o desejo por conquistas; ao invés de uma bengala, carregava uma espada.


Não desistir dos sonhos – Calebe diz a Moisés: “Agora, pois, dá-me este monte...” (Js 14.12). Ele pede para si a terra dos gigantes Enaquins. O terreno montanhoso protegia uma fortaleza habitada por gigantes. Calebe aos 85 anos não estava esperando sua aposentadoria, mas sonhava conquistar o território dos seus inimigos. Ele não perdera na velhice a visão que tivera na sua juventude. Ele creu na promessa de Deus que lhe prometeu aquela terra.


Quando jovem me apeguei à verdade bíblica de que devo permanecer em comunhão com Jesus para produzir frutos (João 15.5). Depois dos 60 anos, apeguei-me a outra verdade bíblica: “... mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.” (2 Co. 4.16).


Encontrei na oportunidade de servir a capacidade de produzir frutos na velhice, no ministério que Deus me confiou quando ainda era jovem.


Servir na família – consolidar o ministério dos filhos, incentivá-los e apoiá-los na sua vocação missionária. Transmitir com fidelidade a Palavra de Deus aos netos.


Servir na obra missionária - em todo o tempo e de todas as formas: treinando obreiros, na igreja, no seminário; orando, sustentando e enviando obreiros ao campo.


Servir na igreja – expondo a Palavra de Deus, discipulando, aconselhando, edificando vidas e fortalecendo a fé de muitos.


Servir na sociedade – evangelizando, conduzindo a Cristo famílias desestruturadas, sem esperança e sem Deus neste mundo.


Servir às futuras gerações – escrevendo reflexões, meditações, devocionais e livros, um legado para os netos e para muitos outros.


Não tenho orgulho de ser velho, mas não sinto vergonha disso. Apenas sou grato a Deus que me sustentou até esta idade. Não tenho medo de envelhecer, tenho medo de me tornar acomodado, infrutífero, insensível às necessidades da obra de Deus neste mundo.


Pr. Jadir Siqueira

Pastor da ICE Boas Novas

@pr.jadirsiqueira

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