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Eva, um olhar para a esperança

É comum lembrarmos de Eva apenas como a primeira mulher criada por Deus, aquela enganada pela serpente e que trouxe o pecado para o mundo. Contudo, MacArthur em seu livro "Doze mulheres extraordinariamente comuns" aponta aspectos bem mais profundos em sua criação e vida que frequentemente não são mencionados, nem refletidos, com os quais podemos aprender.


Não há muitas informações sobre Eva na Bíblia, não sabemos quantos filhos ela teve, quantos anos viveu, como era a sua aparência, que por sinal deveria ser belíssima, afinal, ela foi formada pelas mãos do próprio Deus a partir de tecidos vivos de seu marido. Não havia forma superior de criação!


As Escrituras nos ensinam algo a respeito da omissão da forma física de Eva, e essa é a primeira lição que podemos extrair de sua vida. A questão é que pouco importava a sua beleza, visto que o mais importante a ser transmitido era o seu papel em relação ao seu Deus (obediência e honra) e ao seu esposo (auxílio). Com base nisso, podemos pensar, será que hoje a nossa função e posição em relação a Deus e a nossa família é mais importante que a tinta que iremos colorir o cabelo?


Em segundo lugar, a Bíblia ensina que Eva foi criada à imagem e semelhança de Deus, assim como Adão, portanto, possui a mesma essência, homem e mulher iguais perante Deus (ainda que o mundo diga o contrário), apenas papéis distintos (liderança servil e submissão, respectivamente) instituídos pelo próprio Deus para a sua glória. Hoje qual o papel que nós mulheres temos exercido? Passamos por cima das decisões de nossos maridos ou os ajudamos a exercer sua liderança, orando por eles, aconselhando biblicamente e deixando que seja deles a decisão dos problemas?


Eva foi enganada pela serpente, e então houve a queda da primeira família. Deus lançou maldições sobre eles. Todas as maldições afetaram de certa forma Eva, mas a maldição destinada à serpente trazia em si esperança para ela (Gn 3.15). Eva, apesar do triste ocorrido, tinha esperança. Essa é a terceira e mais linda lição que podemos tirar de sua vida. Eva entendeu que de sua descendência viria o Salvador que derrotaria o inimigo que a enganou.


Como prova dessa esperança, o nome de seu primeiro filho, Caim, que traduzido literalmente do hebraico era “Adquiri um homem, YHWH” que ela pensou ser o filho da promessa, o Salvador. Sabemos bem que não era Caim. Mas ela não desanimou, e então nasceu Sete, a “semente escolhida”, como aborda MacArthur, que também não era o Messias. Eva viveu todos os dias de sua vida com esperança do Salvador, nós sabemos que Cristo já veio, viveu, venceu, ressuscitou, está nos céus, voltará para nos buscar e com Ele viveremos eternamente.


Não se prenda a essa vida passageira, siga o exemplo de esperança de Eva e viva na certeza de que seu lar é com Cristo, nos céus, onde você viverá eternamente.


Tenhamos a mesma esperança de Eva, pois é verdade que o Messias virá nos buscar e passaremos então a eternidade conhecendo e desfrutando daquilo que Ele preparou para os seus filhos.


Thayná Silva

2ª ICE de Anápolis

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