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A vida é efêmera

A palavra efêmero deriva do grego, e seu significado literal é “aquilo que não dura mais de um dia”. Em nossa língua, quer dizer aquilo que é passageiro, transitório ou o que não pode ser guardado e preservado.


A história de Maradona encantou a muitos, os que eram amantes do futebol, e também os que não. Dos que assistiram seus jogos ao vivo, ou da geração que parou para assistir seus incríveis [e também polêmicos] lances no YouTube. “Afinal, foi com a mão ou não foi?”. Famoso no mundo, adorado em seu país, dono de uma fama inigualável e também de uma habilidade invejável, colecionou prêmios, recebeu homenagens, e até mesmo uma estátua com seu rosto. Dono também de uma vida polêmica, foi alvo dos jornais, comediantes e cartunistas.


Conhecido pela majestade (como afirmam os hermanos) e também pela miséria, pela genialidade e pela astúcia, pela sobriedade e pela falta dela, em sua melhor forma física e também em sua pior, o fato é que ele encantou a muitos, revoltou a tantos outros, e com certeza, se fez conhecido. Mas Maradona tinha em comum algo que tem todos os homens, uma vida efêmera.


Não há vida por aqui que não passe e que não vire mera lembrança (Ec 9.5). Não há busca por dinheiro, poder e glória que não termine no mesmo destino do que de uma vida modesta. Não há encantamento que não seja sobrepujado por outro que surge logo em seguida. Não há ídolo que não seja apagado por outro maior que se levanta. Somos pó, disse o Senhor a Adão (Gn 3.19), também podemos ser comparados com a neblina, lembrou Tiago aos homens que fazem muitos planos sem contar com a vontade de Deus (Tg 4.14) e, no fim, nossos sonhos terrenos não passam de vaidade, afirmou o velho sábio de Eclesiastes (Ec 1.2). A morte não poupou o grande craque em toda a sua fama e não poupará nenhum de nós.


A vida é efêmera, e para cada um de nós resta pouquíssimo tempo o tempo todo, e não há fama boa ou ruim, que mude isso, mas há aqueles que, ainda que morram, viverão (Jo 11.25). Não por seus feitos, glória e poder, mas pelos feitos, glória e poder de Cristo. Por quem reis e servos, nobres e plebeus, famosos e comuns, craques e inábeis se tornam herdeiros da mesma herança, passam a ser inocentes do mesmo julgamento, e partilham da mesma esperança de vida eterna. A vida é efêmera, corra para Cristo o quanto antes, porque para sepultura, para onde todos iremos, não há obras, projetos, sabedoria, dinheiro, poder ou fama, e nenhuma dessas coisas nos impedirá de lá estar (Ec 9.10).

 

Pr. João Paulo Silva

Segunda Igreja Cristã Evangélica de Anápolis

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